23 de abr. de 2008

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5. I/E CARRO

Plano apertado no retrovisor do carro onde baloiça um boneco de um gnomo com um sorriso matreiro.

Pelo som do motor, sabemos que vai a grande velocidade.

A expressão de Thomas é de descontracção, vai assobiando enquanto conduz apenas com uma mão no volante.

À medida que passa pelas ruas da cidade, em direcção aos arredores onde está o laboratório da universidade, repara nos sinais de direcção, que estão desfocados.

Abre o
porta-luvas do carro e tira os óculos com lentes graduadas, tentando tapar a cara com a mão ao passar por outros carros, com vergonha das armações que está a usar.

6. INT. DA SALA LABOTORIAL DA UNIVERSIDADE

Um casal em volta de um computador que é a única fonte de luz na sala e ambos estão debruçados no monitor.

THOMAS

Que se passa, malta? Porquê tanto alarido? Até parece que não estiveram a fazer noitada aqui no laboratório!

Thomas entra pela porta, arrumando os óculos na sacola que trás pendurada ao ombro.

RITA

Deixa-te de merdas que ainda não me deitei.

Desvia os olhos do computador.

MOE

Anda cá ver isto e abre bem a tua mente!.... Esquece tudo o que te ensinaram nas aulas de ciência! Prepara-te para começares a acreditar na divindade suprema.

THOMAS


Se vocês dois me querem fazer uma partida, para se vingarem do que vos fiz ontem, para ficarem sozinhos como dois pombinhos na gaiola, lembro que a porta do laboratório está programada para abrir ao fim de um quarto de hora.

RITA

Não te preocupes com isso

Olhando para o Moe com ar comprometedor.

MOE

Só não te chamámos mais cedo porque não tínhamos a certeza do que se estava a passar. Mas prepara-te, que a tua ressaca vai tornar-se ainda pior. Ora põe os olhos nisto.

Afasta-se do computador e estende a mão, como para indicar onde ocupar o seu lugar.

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