23 de abr. de 2008

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1. INT. ESCADA DO PRÉDIO – DIA


Alguém sobe umas escadas a passos lentos.


A câmara acompanha os pés, que vão tropeçando nos degraus, fazendo cambalear ainda mais...Mas a pessoa não faz esforço algum para se apoiar, batendo tanto na parede como no corrimão.


Parece embriagada ou drogada, com um olhar fixo em frente, como que determinado e ao mesmo tempo ausente.


Planos apertados na mão e partes da cara do sujeito mostrando pequenas cicatrizes.


Ao bater com a cabeça na parede, faz um pequeno golpe no sobrolho, escorrendo uma gota de sangue até à face, mas algo mais estranho acontece. O sangue pára de descer e acumula-se numa gota maior. É então que a pele da face se abre, como se de um fecho de correr se tratasse, e o sangue entra novamente no corpo, voltando a ferida recentemente aberta a fechar-se, sem deixar qualquer marca.


2. EXT. TERRAÇO DO PRÉDIO – DIA


Ângulo lateral à porta de acesso que abre com o bater do corpo do homem. Acompanhando-o lado a lado sobre a gravilha do chão do terraço, levanta-se pó ao seu passar.


O homem começa a acelerar o passo em direcção ao fim do prédio, que tem um pequeno muro onde acaba por bater com os joelhos com uma força tal, que se ouvem as rótulas a partirem-se numa fracção, antes de começar a caír.


A câmara segue-o na queda do 12º andar abrandando em "slowmotion" na cara sorridente.


3. EXT. PASSEIO DA RUA


O plano a seguir é estático, focado no passeio em frente ao prédio, durante uns três segundos, até ser interrompido pelo embate do corpo do homem, que se estatela no solo com toda a força.


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Um comentário:

Paulo Stenzel disse...

E depois? E depois? Conta mais.